Os ataques contra a Igreja após a morte dos Apóstolos
Partes do estudo foram retiradas do livro “Vida pós-morte, verdade ou devaneio?” – Autor: Pr. José Marques.
No início do Cristianismo os Apóstolos constituídos por Cristo Jesus buscavam com todas as suas forças preservar a sã doutrina e impedir que algo contrário ao verdadeiro Evangelho de Cristo Jesus contaminasse a Igreja (Gl 1:8).
Apesar de tanto esforço e perseverança em preservar a palavra de Deus em sua integridade, esses homens se foram, e como antes previsto e revelado (2Pe 2:1-2) falsas doutrinas foram introduzidas ao Cristianismo.
Nesse estudo faremos alusões à algumas crenças antigas que ainda permanecem em nossos dias. Utilizaremos fontes secundárias como referências, todavia, abordaremos tais assuntos sob às revelações contidas nas Sagradas Escrituras (Bíblia Sagrada) buscando não interpretá-la segundo nosso entendimento, mas, deixando-a interpretar-se a si mesma (Pois a palavra do Senhor é auto-suficiente). Lembre-se que a palavra de Deus não é aquilo que queremos que ela seja, mas é aquilo que precisamos e sabemos que ela é: A Verdade. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17:17).
Você pode conferir as referências Bíblica online, bastaclicar aqui.
Deus ou deuses?
A mitologia grega é uma filosofia que ainda hoje encontramos traços de sua base histórica. As histórias dos grandes deuses mitológicos saiu dos livros e está sendo refletida em muitos filmes de ficção, revistas em quadrinhos e tantos outros meios. O fato é que a reprodução de seres mitológicos mostrados com grandeza e glória é algo que chama a atenção daqueles que não têm tanto contato com a história que é descritas em letras de livros velhos, tendo mais aceitação aos efeitos do cinema ou as animadas histórias das revistas em quadrinhos. Alguns são mostrados como deuses maldosos, outros são mostrados como deuses bondosos. Um dos deuses que ganham ênfase e destaque nas histórias e na mitologia grega é o Hades. Na mitologia grega acredita-se que Hades é o deus do mundo subterrâneo; já para os romanos, esta posição era assumida por Plutão; para os egípcios, Anúbis.
De acordo com a mitologia, Hades não era considerado o deus da morte e sim o da pós-morte, acreditava-se que ele comandava as almas depois que as pessoas morriam. De acordo com a mitologia, ele era filho de Cronos e Réia, irmão de Zeus, Héstia, Demeter, Hera e Poseidon. Hades era casado com Perséfone – os Romanos referia-se à ela como: Cora/Coré – ele a raptou do mundo superior, para a ter como sua rainha. Fábula conhecido como o rapto de Cora, ele a traiu duas vezes, uma quando teve um caso com a ninfa do Cócito e também quando se apaixonou por Leuce, filha do Oceano.
Na mitologia, acreditava-se que Hades dominava o reino dos mortos, um lugar onde a tristeza reinava. Hades teria alcançado o domínio desse lugar por meio de seus irmãos: Poseidon e Zeus. Juntos lutaram contra os Titãs e venceram. Poseidon ficou com o domínio dos mares, Zeus ficou com o céu e a Terra e Hades com o domínio das profundezas.
Hades era um deus tranquilo e generoso, de acordo com a mitologia, sempre tinha um lugar no seu reino para mais uma alma, o reino de Hades carregava o seu nome “Hades”. As pessoas não pronunciavam o nome Hades porque temiam, usavam “Plutão” quando referiam-se à ele (Hades). Seu reino era dividido em três partes:
Érebo: Onde as almas ficavam para serem julgadas e para receber seus castigos ou, suas recompensas;
Tártaro: A mais profunda região onde os titãs ficavam aprisionados e os inimigos do Olímpios (abismo);
Campos Elísios: Onde os homens virtuosos repousavam dignamente após a morte, rodeados por paisagens verdes e floridas, dançando e se divertindo noite e dia.
Na lenda grega os ‘Campos Elísios’ é um lugar do mundo dos mortos governado por Hades, cercado por um muro gigantesco para separá-lo do Tártaro (Tártaro era o lugar de eterno tormento e sofrimento). Neste lugar, só entravam as almas dos heróis, santos, sacerdotes, poetas e deuses. De acordo com a mitologia, as pessoas que residiam nos Campos Elísios tinham a oportunidade de regressar ao mundo dos vivos, mas nem todos conseguiam essa proeza.
De acordo com a mitologia, havia no reino de Hades um vale por onde corria o rio Lete/Léthê (esquecimento), o rio do esquecimento, quem bebesse de suas águas ou tocasse-as, esqueceria de tudo, seus habitantes ficavam ali por 1000 anos até ser apagado tudo que havia de terreno neles; depois disto, esqueciam de toda a sua vida e reassumiam a forma material (reencarnava) também poderia ser reencarnado como animais (crença que permanece até hoje por religiões pagãs, acreditando que podem reencarnar até em insetos).
Hades tinha um companheiro por nome Cérbero, seu cão de três cabeça e calda de dragão, Cérbero era o vigia das almas deixando-as entrar, mas jamais sair. Hades tinha o poder de restituir a vida de um homem, mas fez isso poucas vezes e algumas a pedido de sua esposa. Hades também era conhecido como o Invisível por causa do capacete que o protegia dos olhares. Capacete também usado por outros heróis como Atena e Perseu.
Alguns escritores criaram uma prisão infernal e um paraíso com base nestes contos lendários, usaram a exegese à sua maneira de pensar e criaram um falso lugar intermediário.
Todas as religiões criaram seu lugar de purificação e seu paraíso particular, a igreja cristã Católica Apostólica de Roma criou o purgatório como um lugar intermediário entre uma série de dogmas desde o 1º concílio de Niceia, reunido pelo imperador romano Constantino em 325 d.C.. Se faz necessário esclarecer que o Imperador Constantino era analfabeto. Muitos perguntam-se: como então poderia discutir assuntos de tamanha importância?
No mundo evangélico alguns teólogos chegaram ao cúmulo de comparar o Sheol e o Queber como sendo dois lugares distintos, mas ambos representam a mesma coisa, isto é, lugar dos mortos “sepultura”. Jó fez esta declaração: “Onde está, pois, a minha esperança? Ela descerá até as portas da morte (scheol), quando juntamente no pó teremos descanso” (Jó 17: 15, 16). Jó esclarece que sua esperança vai com ele à sepultura, é possível que esteja se referindo a saúde física. O mesmo fez Jacó, lamentando a perda de José, assim falou: “Descerei até ao meu filho, até a sepultura” (Gn 37: 35). Se José estava em um paraíso, por que Jacó estava triste e chorando muito se eles iriam se encontrar? Então, Campos de Elísios, só na Grécia antiga.
Roma cristã cuidou de conservar uma alma imortal, pensamento que os egípcios criaram. Infelizmente alguns teólogos evangélicos deram continuidade a essa heresia, e chegaram até a substituir a parábola de Lázaro por fatos, em algumas Bíblias como por exemplo a atualizada essa passagem não consta como parábola. Mas o por que é que o Senhor Jesus fez aquela parábola? Compreendemos que foi para advertir os judeus a se preparar, a parábola simplesmente representa dois povos, os judeus e os gentios (estrangeiros). Observe como alguns teólogos usaram a mitologia grega para criar o inferno que é aceito por muitos como sendo o reino do Diabo e lugar de tormento das almas dos malfeitores antes do juízo final. Bom, eles dividiram em três partes (como já era dividido pelos seus criadores, os gregos): paraíso, lugar de tormento, lugar de trevas. Na história, os gregos criaram os campos de Elísios lugar que ficava dentro do reino de Hades, no seio da terra, lugar correspondente ao paraíso de alguns teólogos. Dentro do reino de Hades existe (Segundo a crença) o Érebo ou Érebos, que seria um lugar sombrio e escuro, *Érebos significa trevas ou escuridão*. Érebo é o mesmo lugar de trevas inventado por teólogo cristão moderno. O Tártaro é a terceira divisão do Hades na mitologia grega, é representado por um dos deuses primordiais nascidos a partir do Caos, suas relações com Gaia a mãe terra geraram os poderoso Tifão.
Gaia é a personificação da Terra, Urano a personificação do Céu, Tártaro é a personificação do mundo inferior. Nele estão as cavernas e grutas mais profundas e os cantos mais terríveis do reino de Hades, o mundo dos mortos, para onde todos os inimigos do Olimpo são enviados e onde são castigados por seus crimes. Lá os titãs são aprisionados por Zeus (Júpiter), Hades (Plutão) e Poseidon (Netuno). O Tártaro (De acordo com a crença) é uma prisão subterrânea e está muito abaixo do Hades. Segundo a mitologia, nele são aprisionados somente os deuses inferiores, Cronos e outros titãs, enquanto que os seres humanos, são lançados no submundo, chamado de Hades. O tártaro é a prisão/abismo que alguns teólogos criaram.
Dizer que depois da morte e ressurreição do Senhor Jesus houve mudança no reino dos mortos, é uma ideia pertencente a mitologia, e o pior é que as pessoas acreditam nisto, no seio da terra sempre existiu rocha derretida como consequência do fogo que os vulcões expelem. Nada foi mudado, são histórias, fábulas, algo que desde muito o Apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo orientou a Igreja que tivessem cuidado, pois chegariam tempos em que os homens não mais iriam querer permanecer na sã doutrina e, com comichões nos ouvidos amontoariam para si doutores conforme a própria concupiscência, desviando os ouvidos da verdade, voltando às FÁBULAS (2Tm 4:3-4). O Evangelho de Cristo Jesus não está firmado em fábulas (2Pe 1:16). Jesus nunca foi a esses submundos imaginários.
Alguns doutrinadores ensinam que Jesus foi até ao limbo (paraíso) em espírito quando morreu, segundo esses doutrinadores este seria um lugar intermediário existente entre o céu e o inferno (Ideia pertencente a mitologia grega). Como tentativa de provar, citam a primeira carta do apóstolo Pedro, assim está escrito: “No qual foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais noutro tempo foram desobedientes quando a generosidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava à arca na qual poucas, a saber, oito pessoas, foram salvas, através da água. Pois para estes foi o evangelho pregado também a morto, para que, mesmo julgado na carne segundo os homens, viva no espírito segundo Deus” (1ªPe 3:19-20).
O texto tem outro sentido e não se refere às pessoas mortas fisicamente, será que espíritos de pessoas mortas poderiam receber a mensagem da salvação, se arrepender dos seus pecados, converter-se ao evangelho e ser salvos? Se assim fosse possível todos os que em maldade se vão estariam em descanso com Deus. Mas a realidade vai além de conto de fadas, além de fábulas, a realidade é que a palavra de arrependimento e salvação por meio de Cristo Jesus é pregada somente nesta vida, essa (vida) é a oportunidade de se arrepender e pela graça receber a vida eterna. A verdade é mostrada ainda nesta vida, para que creiam AQUI E AGORA e assim possam por meio do sacrifício de Cristo Jesus, alcançar a salvação. A exegese dessas pessoas se contradiz com as sagradas Escrituras, a palavra de Deus afirma que aos homens está ordenado a morrerem uma só vez e, depois disto o juízo (Hb 9:27). (Este período está reservado para o último dia).
Os defensores da consciência no além-túmulo se confundem em suas vãs filosofias, pois a Bíblia não se contradiz, depois da morte não existe chance para arrependimento, assim está escrito: “Porque para com Deus não há acepção de pessoas. Assim, pois, todos os que pecaram sem lei, também sem lei morrerão; e todos os que com lei pecaram mediante a lei serão julgados” (Rm 2:11-12).
Concernente a mensagem escrita na 1º carta de Pedro referente a Cristo ir pregar no mundo dos mortos antediluvianos nos dias de Noé, vejamos, o apostolo Pedro nos da luz sobre este assunto: “E não poupou o mundo antigo, mas preservou Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas quando fez vir o dilúvio sobre o mundo dos ímpios” (2ªPe 2:5). Lemos em Gênesis: “Então disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem” (Gn 6:3). Vejamos este texto: “Investigando atentamente qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes à Cristo, e sobre a glória que os seguiriam” (1ªPe 1:11).
Quando o apóstolo menciona o Espírito de Cristo, está se referindo ao Espírito Santo, Deus na vida dos profetas anunciava algo que viria acontecer. É isto que o apóstolo declara ao escrever que Cristo foi e pregou para os mortos nos dias de Noé quando preparava a arca, sabemos que o perdão divino é em vida, nunca depois da morte. Os antediluvianos ouviram a mensagem do Espírito de Cristo por Noé, pregador da justiça num mundo iníquo. O Espírito Santo impulsionava a Noé para que ele fosse e pregasse o arrependimento e a justiça de Deus a todos que espiritualmente estavam mortos, pois deixaram o caminho do Senhor quando decidiram viver diante seus próprios desejos maus e de constante incorruptibilidade (Gn6:5). A Bíblia ensina que o homem sem Deus está morto, assim está escrito (Mt 8: 22; 1ªTm 5: 6).
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